Construir a alternativa <br>em Gondomar
Jorge Machado, deputado do PCP à Assembleia da República, participou, no dia 8, no Encontro da CDU em Gondomar, que se realizou no Auditório da Universidade Sénior, em S. Cosme. Nesta iniciativa procedeu-se ao aprofundamento e caracterização da situação política local, e foram sistematizadas as propostas políticas alternativas da CDU para o concelho.
Nas várias intervenções foram ainda sublinhados os efeitos nefastos de 38 anos de política de direita e de 20 anos de integração capitalista na União Europeia no concelho e no País, que nos conduziu para a actual situação de declínio económico, de retrocesso social, de perversão do regime democrático e de alienação de importantes parcelas da soberania nacional.
Joaquim Barbosa, vereador da CDU na Câmara de Gondomar, criticou a insuficiência de medidas empreendidas pelo actual executivo camarário, assim como a falta de visão estratégica para o concelho. Deu ainda a conhecer as medidas e soluções apresentadas pela Coligação PCP-PEV durante o actual mandato.
Por seu lado, Miguel Martins, do Conselho Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes», sublinhou que «hoje, como em nenhum outro momento desde o regime fascista, se coloca, em termos de actualidade e urgência, a concretização de uma política que liberte o País, simultaneamente, da submissão e dependência externas e do domínio do capital monopolista» e reclamou «a ruptura com esta política» e a «concretização de uma política alternativa e de uma alternativa política, patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril».
Jorge Machado encerrou o Encontro, tendo reafirmado que «pode o povo português contar com o PCP e a CDU para dar expressão à ruptura com a política de direita e abrir caminho a uma política patriótica e de esquerda, capaz de responder aos problemas do País e às aspirações dos trabalhadores e do povo».
«Uma política», reforçou o deputado comunista, «baseada na renegociação da dívida, nos seus montantes, juros e prazos; na promoção e valorização da produção nacional e na criação de emprego; na recuperação para o controlo público de sectores e empresas estratégicos, designadamente do sector financeiro; na valorização dos salários, pensões e rendimentos dos trabalhadores e do povo; na defesa dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, designadamente dos direitos à educação, à saúde, à protecção social e à cultura; numa política fiscal que desagrave a carga sobre os rendimentos dos trabalhadores e das micro, pequenas e médias empresas e tribute fortemente os rendimentos e o património do grande capital».